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Hospital de Lavras do Sul tem ala interditada após denúncia à Vigilância Estadual

Leonardo Catto

O Hospital Fundação Médico Hospitalar Dr. Honor Teixeira da Costa, em Lavras do Sul, não pode receber novos pacientes para internações. A interdição foi feita pela Vigilância Estadual na quarta-feira depois de uma denúncia. O hospital trabalha para adequação, mas, enquanto isso, atende somente em observação com menos de 24 horas.

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Segundo o presidente da fundação, Santo Carlos Halabi, a denúncia é referente a problemas técnicos na escala da enfermaria e serviços gerais. Além disso, problemas de protocolos de enfermaria foram verificados pela equipe de fiscalização do Estado.

- Na sexta-feira, mais tardar, vamos encaminhar um pedido de reconsideração - afirmou Halabi.

Enquanto a situação não for revertida, o hospital atende somente casos que não necessitam de internação. Os pacientes podem ficar em observação até por 24 horas. Se for necessária a interação, o paciente vai precisar ser transferido. Segundo Halabi, não houve transferências até as 9h desta quinta, mas, no final da manhã, alguns pacientes devem completar um dia no hospital e terão de sair.

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Entretanto, quem já estivesse internado poderia seguir no hospital. A orientação da vigilância é que essas pessoas sejam mantidas até a melhora e alta. É o caso da ala Covid da fundação. São disponibilizados 27 leitos clínicos. Segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), há apenas um paciente.

Halabi não especificou quais os detalhes da denúncia, mas garantiu que adequações serão feitas. Ele ainda alegou que, durante toda pandemia, não houve casos de infecções por Covid oriundas no hospital.

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CRÍTICAS
Em vídeo, o prefeito de Lavras do Sul, Sávio Johnston Prestes (PDT), criticou a medida do Estado. Segundo o chefe do Executivo, a interdição é "arbitrária". Ele reiterou que o hospital segue em funcionamento com demais atividades, além de internação.

- Fomos surpreendidos por uma ação arbitrária, para não dizer covarde, da ação da vigilância sanitária do Estado, quando tivemos suspensa parte das atividades da fundação hospitalar. Em um momento de pandemia, essa atitude, que não foi uma notificação, foi sumariamente um fechamento de uma ala de internação, se caracteriza como temerário e irresponsável - lamentou.

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Conforme Prestes, o levantamento de documentos de contraprova à denúncia é feito pela assessoria jurídica do município. Se não houver reversão administrativa, a prefeitura pretende buscar a via judicial.

VIGILÂNCIA
A 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (7ª CRS) assina a interdição. A reportagem do Diário entrou em contato com a SES para detalhar a denúncia recebida, mas ainda não obteve resposta.

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